Governo do Distrito Federal
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18/12/13 às 13h55 - Atualizado em 29/10/18 às 11h49

Pesquisa da CODEPLAN traça um raio-x da periferia de Brasília

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Correio 9757 600

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (ipe) realizou, em 2013, a Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (PMAD), lançada hoje, em evento no auditório da Universidade dos Correios, com a presença do Governador Agnelo, prefeitos da Área Metropolitana de Brasília (AMB) e outras autoridades dos governos local e do Estado de Goiás. Trata-se da primeira pesquisa a apresentar, de forma ampla, o perfil socioeconômico da população da região.

Realizada nos munícipios de Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cristalina, Cocalzinho de Goiás, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás e também nos distritos e núcleos urbanos Jardim Ingá (Luziânia); Campos Lindos (Cristalina); Jardim ABC (Cidade Ocidental); Monte Alto (Padre Bernardo) e Girassol (Cocalzinho de Goiás).

Segundo a pesquisa, a população total dessa região periférica à Brasília é de 1.128.313 habitantes, sendo que a PMAD não pesquisou as áreas rurais (onde residem 56.730 pessoas), pesquisando apenas as áreas urbanas, onde apurou 1.071.583 habitantes (Gráfico 1). Com uma população de 545.218, as mulheres representam 50,88% do total, revelando uma leve predominância de pessoas do sexo feminino. Os homens, que somam 526.365 pessoas, são 49,12%. Dessa forma, a razão de sexo, expressa pelo número de homens para cada 100 mulheres, é de 96,54.

Três municípios se destacam como os de maior população urbana na região, com população entre 150 mil e 200 mil habitantes, sendo o mais populoso Águas Lindas (197.200 habitantes), localizado no limite oeste do DF, e os outros dois Luziânia (177.501 habitantes) e Valparaíso de Goiás (168.961 habitantes), situados no limite sul. Somados, esses municípios compõem 50,73 % da população total da AMB.

Os dados da PMAD permitem observar que a população da AMB é formada majoritariamente por um perfil mais jovem, pois mais de 2/3 de seus moradores (70,64%) estão na faixa etária de até 39 anos de idade. A população idosa, com 60 anos ou mais, representa apenas 8,34% dos habitantes. Com relação à cor ou raça, os resultados indicam que 59,07% da população se declararam pardos/mulatos. Em sequência, declararam-se brancos 31,74 %; pretos, 7,00% e demais, 2,18%.

Segundo a pesquisa, é muito baixo o nível de escolaridade da população metropolitana. A taxa de analfabetismo é alta (5,45%), e somada aos que têm apenas o ensino fundamental incompleto (38,89%), resulta em quase 45% da população total sem sequer o ensino fundamental. Apenas 21,15% possuem o ensino médio completo e 8,04% têm o nível superior, completo ou incompleto. Preocupante também é o fato de haver 28.598 crianças na creche e na pré-escola e 62.910 crianças menores de seis anos fora da escola. Quando se analisa o local de residência correlacionado ao local de estudo, verifica-se que do total de 330.128 estudantes, 30.923, ou 9,36%, estudam no Distrito Federal.

Em todos os municípios da periferia metropolitana de Brasília, prevalece a forte dependência pelos serviços públicos de saúde. Em decorrência do baixo rendimento médio da maioria da população e de uma elevada taxa de informalidade no mercado de trabalho, tão somente 13,25% da população (141.970 pessoas) têm acesso a planos de saúde, empresarial (6,84%) ou individual (6,41%), resultando em que 86,54% não possuem plano de saúde.

Em contrapartida, o acesso aos serviços públicos de saúde é quase universal, alcançando 94,14% da população local, ou seja, apenas 5,85% dos residentes não fazem uso dos serviços públicos de saúde. Do total de usuários, 66,10% utilizam serviços no próprio município enquanto 33,68% dão preferência à utilização dos equipamentos do DF. Uma parcela ínfima (0,27%) utiliza os serviços ofertados em Goiânia, Anápolis ou outros locais.

Os municípios que mais intensamente buscam o serviço público de saúde do DF são o Novo Gama (92,58%); Águas Lindas de Goiás (58,75%); Valparaíso de Goiás (23,09%) e Santo Antônio do Descoberto (21,90%). De uma forma ainda mais intensa, os distritos e aglomerados urbanos buscam os serviços de saúde pública no DF: Monte Alto (94,13%); Jardim ABC (86,77%); Campos Lindos (83,36%); Girassol (61,53%) e Jardim Ingá (36,10%).

Veja a pesquisa, na íntegra, aqui.

Texto: Nilva Rios
Foto: Mauro Moncaio 

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