Governo do Distrito Federal
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3/11/22 às 11h33 - Atualizado em 3/11/22 às 13h05

IPEDF apresenta estudo sobre juventude no Distrito Federal

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O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta quinta-feira (03), o estudo “Juventude: perfil sociodemográfico, educação, mercado de trabalho e jovens nem-nem” da segunda edição da série Retratos Sociais DF, que apresenta análises sociodemográficas e socioeconômicas dos seguintes perfis da população a partir de dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD 2021): crianças; jovens; mulheres; idosos; negros; pessoas com deficiência e LGBTQIA+.

 

O estudo apresenta o perfil sociodemográfico da juventude no Distrito Federal, além de dados referentes à escolaridade e empregabilidade, especialmente sobre os jovens nem-nem – população de 15 a 29 anos que não trabalha e não estuda. Considerando os diferentes ciclos de vida relacionados à educação e mercado de trabalho, o estudo subdivide os jovens em três faixas etárias: 15 a 17 anos; 18 a 24 anos; e 25 a 29 anos.

 

Perfil sociodemográfico – Em 2021, 725.916 jovens residiam no Distrito Federal, representando 24,1% da população brasiliense. Entre eles:

 

Renda: apenas 5,2% dos jovens pertenciam à classe A, enquanto 17,3% às classes D e E.

 

Raça/cor: 59,6% dos jovens eram negros, percentual superior ao observado na população em geral (57,3% dos habitantes do DF eram negros).

 

Gênero e orientação sexual: 5,9% dos jovens se identificaram como LGBTQIA+ (transgêneros e/ou lésbicas, gays, bissexuais ou outros), percentual superior ao observado quando se analisa todos os respondentes desta questão no DF (3,8%).

 

Arranjo familiar e posição no domicílio: 8.618 mulheres jovens entre 15 e 24 anos ocupavam a posição de responsável pelo domicílio no arranjo monoparental feminino, correspondendo a 2,6% das jovens nessa faixa etária.

 

Educação – Cerca de 40% dos jovens no DF frequentavam alguma instituição de ensino em 2021. Entre os que estudavam na rede formal de ensino (escola e faculdade), 60,3% estavam na rede pública. Fora do ensino formal (cursos profissionalizantes, preparatórios para Enem, vestibulares e concursos), estudavam 11,2% dos jovens. Considerando o ensino formal e informal, 50,3% dos jovens estudavam no momento da pesquisa.

 

Na análise por renda, observa-se que nas classes D e E há menor proporção de jovens – nas três faixas etárias – que frequentavam instituição de ensino formal. Cerca de 62% dos jovens nas classes D e E não estudavam (tanto no ensino formal quanto informal), ante a 22% dos jovens na classe A. Evidenciando a relação entre renda e escolaridade, somente 12,6% dos jovens nas classes D e E que estudavam na rede formal de ensino frequentavam o ensino superior, frente a 54,2% dos jovens na classe A.

 

Trabalho – Na capital federal, 42,7% dos jovens estavam ocupados, 11,7% desocupados e 45,6% inativos (desocupados, mas não buscavam ocupação), ou seja, fora da força de trabalho em 2021. A taxa de desemprego da população jovem era de 21,4% no ano passado, superior à observada na população em geral (11%). As maiores taxas foram registradas em Brazlândia (36,2%) e Recanto das Emas (37,2%), enquanto as menores taxas foram no Lago Sul (5%) e Sudoeste/Octogonal (1,6%).

 

A taxa de desemprego foi maior entre os jovens de 15 a 17 anos (48%), assim como a proporção de inativos (85,3%).  Entre jovens de 25 a 29 anos, a taxa de desemprego foi a menor registrada (13,8%), assim como a proporção de inativos (24,1%).

 

Com relação aos jovens nem-nem, 20,8% dos jovens no Distrito Federal não trabalhavam e nem estudavam em 2021. Ao analisarmos o perfil sociodemográfico desses jovens, podemos observar que negros e mulheres – especialmente com filhos – representam a maioria deste grupo. A renda também é um fator que influencia nesse quesito: 30,9% dos jovens nas classes D e E não trabalhavam e nem estudavam. Esse percentual reduz à medida que observamos as classes mais altas, como na classe A, na qual 9% dos jovens eram considerados “nem-nem”.

 

 

Acesse o Sumário Executivo do estudo aqui

Assista a apresentação do estudo aqui

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