Governo do Distrito Federal
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11/07/23 às 10h35 - Atualizado em 11/07/23 às 15h22

IPEDF apresenta estudo sobre agricultura urbana e periurbana no DF

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Pesquisa aponta características, atores, tipologias e potenciais de produção da prática na capital federal

 

Nesta terça-feira (11), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou o estudo “Agricultura Urbana e Periurbana no Distrito Federal”, que revela o diagnóstico da agricultura no DF, suas características e atores, as tipologias encontradas e os potenciais de produção, com o objetivo de refletir sobre o desenvolvimento dessa prática na capital federal.

 

De acordo com o levantamento, foram identificados 6.015 pontos de cultivo no DF, dos quais 1.282 estavam em áreas urbanas. As regiões administrativas que apresentaram maior concentração de agricultura urbana e periurbana são Vicente Pires, com 191 pontos, e Park Way, com 154. Muitas áreas cultivadas se fazem presentes desde as décadas de 1970 e 1990, como Vicente Pires – antiga colônia agrícola parcelada para fins habitacionais.

 

A pesquisa avaliou áreas potenciais para produção da agricultura urbana e periurbana no DF, com estimativa de abastecer cerca de dois milhões de pessoas com hortaliças e três milhões com frutíferas, contribuindo para redução da insegurança alimentar. O estudo também destaca que a produção alimentar contribui para o manejo das áreas de solo exposto e para a revitalização de áreas degradadas.

 

Apesar disso, ainda não há um cadastro com a identificação dos produtores, de suas propriedades e produções, dificultando a avaliação do impacto da atividade nas cadeias de produção e consumo do DF. Mesmo com legislação específica, as agriculturas urbana, periurbana e rural ainda se confundem, ocasionando dificuldades de acesso a insumos, difusão de tecnologias, financiamentos e apoio técnico.

 

De acordo com o estudo, a prática da agricultura urbana e periurbana no DF podem ser caracterizada em quatro tipologias:

 

Agricultura de área remanescente rural ou de resistência: voltada para fins comerciais e/ou de subsistência, que se localizam em áreas que compõem o cinturão verde produtivo e que foram urbanizadas devido ao processo de expansão urbana. Presente nas RAs Riacho Fundo, Sol Nascente/Pôr do Sol e Vicente Pires.

Agricultura periurbana: abrange cultivos desenvolvidos nas franjas urbanas ou fora da área urbana consolidada, com foco na comercialização e autoconsumo. Os acampamentos e assentamentos de reforma agrária estão incluídos nessa categoria. Presente nas RAs Brazlândia, Paranoá, Park Way, Planaltina, Sobradinho I e II.

Quintais produtivos ou biodiversos: áreas públicas ou privadas em regiões urbanas e periurbanas, com jardins produtivos, hortas, frutíferas, plantas medicinais e criação de pequenos animais, com foco no lazer, autoconsumo e/ou de comunidades. Presente nas RAs Guará, Plano Piloto e São Sebastião.

Agricultura urbana de ativismo: uso de áreas públicas para plantio, capaz de reestruturar o espaço urbano e revitalizar áreas degradadas a partir de sua expressão ativista. Presente na RA Plano Piloto.

 

 

Acesse aqui os resultados do estudo “Caracterização da Agricultura Urbana e Periurbana do Distrito Federal“:

Relatório

Sumário Executivo

 

 

Acesse aqui a apresentação no Youtube

 

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