Governo do Distrito Federal
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18/11/14 às 20h22 - Atualizado em 30/03/23 às 11h34

Imigrante do DF está mais escolarizado

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O décimo volume da série de estudos Demografia em Foco abordou o perfil do migrante do Distrito Federal. O trabalho foi divulgado hoje (18) pela Codeplan e mostrou que os imigrantes do DF (pessoas que chegam de outros Estados ao DF) são predominantemente jovens com um bom nível de escolaridade e alta renda.

 

Júlio Miragaya, presidente da Companhia, atribuiu essa mudança de perfil às oportunidades de emprego qualificado encontradas no DF, sobretudo na administração pública.

 

Por outro lado, os emigrantes (pessoas que saem do DF rumo a outros Estados) apresentam nível de escolaridade reduzido. Miragaya afirmou que grande parte desse contingente são de pessoas que se mudam de Brasília para algum município da Periferia Metropolitana de Brasília (PMB). Segundo ele, o principal fator que influencia esse fluxo é o alto custo de moradia no DF, que força as pessoas que não têm condição de bancar um aluguel ou adquirir um imóvel na Capital a se deslocarem para a região da PMB.

 

Os dados do estudo, apresentados pela coordenadora do Núcleo de Estudos Populacionais e uma das autoras do trabalho, Mônica França, mostraram que os Estados que mais cedem habitantes ao DF são Goiás, Minas Gerais e Bahia; com destaque para o aumento da participação dos paulistas e cariocas nos últimos anos. No sentido oposto, Goiás, Minas Gerais e São Paulo aparecem como os Estados que mais recebem emigrantes do DF.

 

O estudo mostrou que os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os que mais contribuíram com imigrantes de alta escolaridade, enquanto dos Estados da Bahia, Maranhão e Piauí vieram a maior parte dos imigrantes de baixa escolaridade.

 

A ocupação dos imigrantes do DF está concentrada principalmente nos setores da administração pública, comércio e serviços domésticos.

 

Houve arrefecimento do processo migratório. O peso da migração na composição da população do Distrito Federal reduziu do período 1995-2000 para o período 2005-2010. A Taxa Líquida de Migração (TLM) passou de 20,8 para 14,6 por mil habitantes.

 

Lucilene Cordeiro, co-autora do estudo, destacou a importância de se entender o perfil desse segmento da população. Os indicadores podem ajudar a revelar as causas e os efeitos do movimento migratório.

 

Herton Araújo, técnico de planejamento e pesquisa do IPEA e coordenador-geral do Projeto de Migrações Internas do Instituto, lembrou que esse estudo é um dos três trabalhos técnicos da Codeplan que farão parte da publicação oficial do projeto demográfico, que ainda contará com estudos de diversos órgãos de planejamento e estatística do País.

 

A subsecretária de Gestão de Informações Urbanas e Territoriais da SEDHAB, Litz Bainy, afirmou que estudos demográficos da Codeplan têm colaborado com o planejamento urbano no Distrito Federal, sendo subsídio fundamental para as tomadas de decisão em políticas públicas.

 

Confira a pesquisa aqui.

 

Texto: Júlio Poloni
Fotos: Mauro Moncaio

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