Em dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou inflação de 0,5% na capital federal de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abaixo do índice nacional (0,62%) e inferior ao observado em novembro (1,03%). O resultado é a terceira alta consecutiva no Distrito Federal. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,57% em dezembro.

Os grupos de Artigos de residência (1,67%), Saúde e cuidados pessoais (1,66%), Vestuários (1,60%) e Despesas pessoais (0,84%) apresentaram as maiores altas, em razão do aumento na demanda por causa das festas do fim de ano. Somente o grupo de Transportes (-0,7%) apresentou queda. No INPC, que calcula a inflação das famílias com rendas de um a cinco salários mínimos, a alta no grupo de Saúde e cuidados pessoais (2,35%) foi mais significativa.

Entre os itens que contribuíram para a alta, destaca-se a energia elétrica residencial (6,66%), com aumento nos preços pelo segundo mês consecutivo em consequência do reajuste tarifário. Outros itens são os de higiene pessoal (3,71%), tubérculos, raízes e legumes (11,11%), recreação (1,68) e plano de saúde (1,22%). Por outro lado, os combustíveis registraram deflação (-1,96%) em razão da queda nos preços da gasolina, assim como os aluguéis e taxas (-1,06%), leites e derivados (-2,87%) e transportes público (-1,11%) contribuíram para equilibrar o resultado.

IPCA por faixa de renda – De acordo com o cálculo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), a inflação sentida entre a população de baixa renda foi de 1,09% em dezembro, frente a 0,57% entre a de alta renda. A variação sentida pelos grupos de renda mediana foi pouco superior a 0,8%. Os itens de Habitação, Saúde e cuidados pessoais e Alimentação e bebidas tiveram maior peso entre os mais pobres, enquanto o de Transportes foi mais significativo para o comportamento inflacionário entre os mais ricos.