Taxa de desemprego cai para 14,7% no DF, e mais de 23 mil postos de trabalho são criados em um ano
A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), apresentada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na manhã de hoje (19), mostra que a taxa de desemprego total no Distrito Federal recuou de 15,5% para 14,7% entre outubro e novembro de 2024. No mesmo período, a taxa de participação (proporção de pessoas com 14 anos ou mais no mercado de trabalho) permaneceu estável em 64,6%.
O mercado de trabalho na capital federal registrou um acréscimo de 14 mil novos postos de trabalho no último mês, impulsionado principalmente pelos setores de Construção e Comércio e reparação. Enquanto isso, o setor de Serviços apresentou redução no número de ocupações, e a Indústria de transformação manteve-se estável. O aumento da ocupação foi puxado pelo crescimento de empregados domésticos, trabalhadores sem carteira assinada e ocupações diversas, como empreendedores familiares.
Na comparação anual, entre novembro de 2023 e novembro de 2024, o desemprego total no DF também recuou, passando de 15,5% para 14,7%. Nesse período, 21 mil novos postos de trabalho foram criados, número superior ao crescimento de 8 mil pessoas na População Economicamente Ativa (PEA).
Na Área Metropolitana de Brasília (AMB), a taxa de desemprego total caiu de 16,4% para 14,9% em 12 meses. Houve um aumento de 23 mil ocupações no período, com destaque para os setores de Construção e Indústria de transformação. As vagas de trabalho com carteira assinada no setor privado e o número de trabalhadores autônomos também cresceram, enquanto as ocupações no setor público registraram redução.
Entre outubro e novembro de 2024, o desemprego na Área Metropolitana recuou de 15,4% para 14,9%. O crescimento de 11 mil postos de trabalho foi liderado pelos setores de Comércio e reparação e Construção. Entre as formas de inserção, houve aumento no número de assalariados com e sem carteira assinada no setor privado, além de estabilidade no contingente de empregados domésticos.
Já na Periferia Metropolitana de Brasília (PMB), a taxa de desemprego caiu de 18,7% em novembro de 2023 para 15,5% no mesmo mês de 2024, mas apresentou leve alta em relação a outubro de 2024, quando estava em 15,1%. A taxa de participação também registrou queda anual, de 67,5% para 64,1%.
Em novembro de 2024, 533 mil pessoas estavam ocupadas na Periferia Metropolitana, número 0,6% inferior ao registrado no mês anterior. Apesar da retração no Comércio e reparação, o setor de Serviços registrou crescimento no período. O volume de assalariados no setor privado subiu 4%, com destaque para o emprego com carteira assinada, que cresceu 3,4%.
“Chegamos do final de 2024 com resultados positivos para o mercado de trabalho do DF, sobretudo, devido à geração ocupacional na Construção, que recupera patamares do segundo semestre de 2022, retomada do emprego doméstico e de postos com carteira assinada. Os sinais de alerta acessos para 2025 soam quando observamos retração no emprego público, que enfrenta mudança geracional e crescimento da terceirização”, destacou Lúcia Garcia, técnica e economista do Dieese.
Confira os boletins:
• PED-DF
• PED-PMB
• PED-AMB
Texto: Kaszenlem Rocha, Assessoria de Comunicação do IPEDF
Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal
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