Governo do Distrito Federal
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21/03/17 às 20h41 - Atualizado em 29/10/18 às 11h53

Maioria dos recursos provenientes do GDF são pagos a credores locais

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A ipe apresentou nesta tarde, dois estudos pelo Laboratório de Análise da Gestão Pública – LAG. São eles –  Cartografia das compras públicas de bens e serviços privados no DF: uma visão a partir das ordens bancárias e Impactos das Compras Públicas do GDF no Setor Privado do DF. Os estudos estão disponíveis na página do LAG – http://www.ipe.df.gov.br/component/content/article/337-lag/327-laboratorio-de-avaliacao-do-gasto-publico.html

O primeiro estudo utiliza como fonte de informação as Ordens Bancárias (OB) pagas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) às empresas privadas, georreferenciando essas informações conforme a localização indicada pelo CNPJ dos credores na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). O volume de recursos, a preços de 2016, girou entre R$ 4,36 e R$ 5,10 bilhões, entre os anos de 2010 e 2015, representando cerca de 2,5% do Produto Interno Bruto do Distrito Federal. A maioria desses recursos – 72% – foi direcionado para credores do próprio DF, atingindo, em 2015, 82% dos valores, o maior da série analisada. Com relação à distribuição espacial, observou-se que as OBs se concentram na região central do território – Plano Piloto, seguidas de regiões mais ao sul/sudoeste, como Taguatinga, Ceilândia, Guará e Samambaia. Este padrão se mantém relativamente estável ao longo do período.

Para avaliar o impacto destas Ordens Bancárias na geração de empregos, o segundo estudo utilizou a RAIS como fonte adicional de informação, para os anos de 2010 a 2014. Verificou-se que as empresas com maior tempo de funcionamento são aquelas que costumam vender bens e serviços para o governo local, com destaque o setor de Serviços, com 65% dos valores. Sobre o impacto desse tipo de compra pública na empregabilidade, quando comparadas empresas credoras do GDF com aquelas não credoras e de características semelhantes, não foi encontrado nenhum efeito significativo. Analisando o movimento inverso, empresas que deixaram de ser credoras do GDF no período tampouco apresentaram diminuição de empregos, indicando não haver impactos diretos dessas Ordens Bancárias no mercado de trabalho local.

Texto: Nilva Rios, com Frederico Bertholini
Foto: Toninho Leite

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