O Índice de Preços ao Consumidor Amplo do DF – IPCA/DF –, referente ao mês de maio, revelou um cenário otimista para a economia local, apresentando deflação (-0,08%). O principal motivo desse resultado foram as reduções nos preços relacionados ao setor de Transportes (-2,56%).
A baixa nos preços das passagens aéreas e dos combustíveis, especialmente o etanol, foram os fatores que mais contribuíram com os índices do setor. Os preços na área de Alimentos e Bebidas desaceleraram (0,13%) e também contribuíram com o baixo índice geral.
O setor que mais pressionou foi o de Despesas Pessoais (1,75%), mas o seu baixo valor de ponderação – comparado aos setores de Transportes, Alimentação e Habitação – não impactou fortemente no resultado geral.
Júlio Miragaya, presidente da CODEPLAN, afirmou que é necessário analisar não somente os dados, mas o contexto em que eles se apresentam, pois eles podem não corresponder exatamente à realidade vivida pelo consumidor, visto que outros fatores têm que ser levados em consideração, como a renda da população. Para ele, os números são positivos, uma vez que a renda tem sido ajustada acima da inflação.
Para Newton Marques, economista da CODEPLAN, os índices de inflação estão sob controle, não só no DF, mas também nos índices nacionais. Segundo ele, a estabilidade dos números no Brasil (há 24 meses entre 5,5% e 6,5% no acumulado de 12 meses, salvo duas pequenas exceções, uma para mais e outra para menos) confirmam que a inflação não está descontrolada e tem apresentado comportamento previsível.
No mesmo evento, a Ceasa-DF divulgou o ICDF – Índice Ceasa do Distrito Federal -, que analisa o preço de atacado de produtos hortifrutigranjeiros. A pesquisa apontou uma variação positiva de 1,88% na média dos preços. O maior aumento registrado foi no setor das Frutas, 2,93%, índice puxado, principalmente, pela alta no preço das bananas.
Os Legumes apresentaram leve aumento, 0,35%, valor que ficou equilibrado entre a alta nos preços dos tomates e a queda nos preços das batatas, ambos com grande valor de ponderação. Em contraposição, as Verduras apresentaram redução de 2,77%, sobretudo devido às alfaces e à couve-flor, que registraram forte queda nos preços. Já o setor de Ovos e Grãos ficou praticamente estável, 0,06%. Enquanto os grãos, como o milho de pipoca, apresentaram alta, os ovos tiveram os preços reduzidos.
Fernando Nogueira, especialista da Ceasa, afirmou que a tendência para o mês de junho é de queda nos preços médios. Segundo ele, o aumento na produção de folhagens é o principal motivo para essa expectativa.
Texto: Júlio Polone
Foto: Mauro Moncaio
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